- A figueira-da-índia

A figueira-da-índia, também conhecida por figueira-da-barbária, tuna ou piteira (Opuntia ficus-indica), é uma espécie que se encontra um pouco por todo o lado, nos montes do concelho de Alcoutim. O seu fruto, o figo-da-índia ou figo-de-tuna, era antigamente dado como alimento aos porcos, motivo esse que leva a que, nos dias de hoje, se vejam estes cactos de grandes dimensões a galgar os muros das antigas pocilgas.

As piteiras atingem grandes alturas, podendo chegar facilmente aos 3 ou 4 metros. Os seus troncos são grossos, os ramos clorofilados achatados de cor verde com picos e as suas flores são de cor alaranjada.

Originária da América tropical, a sua introdução na europa ter-se-á devido a fins ornamentais e aos seus frutos comestíveis. É uma espécie exótica, considerada invasora em muitos locais do mundo e em alguns locais do nosso país.
Os seus frutos são suculentos, amarelos-alaranjados, mas com uns espinhos pequenos e muito finos. Para retirá-los, a melhor técnica (aprendida em Alcaria Alta, com os meus avós) é colocá-los num balde ou alguidar e varrê-los energeticamente com uma vassoura de palha. Quando comidos quentes, "fazem mal à barriga", segundo a mesma fonte, devendo por isso ser colocados no frigorífico se forem colhidos à hora do calor.

As suas propriedades medicinais são conhecidas, sendo indicada para problemas de saúde tão diversificados como afecções das vias respiratórias, asma, diabetes, diarreia, dores reumáticas, entre outros. Externamente, utiliza-se no eczema, psoríase e dores musculares.

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