- De bicicleta até ao Vascão

O tempo é algo cada vez mais precioso e temos feito os possíveis por aproveitar os dias de folga. Assim os dias de carnaval foram aproveitados para mais uma ida ao monte e um percurso de alguns quilómetros a pedalar e a caminhar.
Depois de um pequeno-almoço reforçado saímos de Alcaria Alta, monte abaixo até Giões, onde fizémos uma paragem no café Poço Novo para beber um café. Depois seguimos na direcção norte até à Ribeira do Vascão. Como as ribeiras correm sempre em locais baixos, foram vários quilómetros a descer, em que o principal pensamento era " quando tivermos de subir em sentido contrário é que vai ser a doer..."
Depois de passarmos por vários montes começámos a vislumbrar a ribeira, que corria cheia de água, em direcção ao Guadiana. Depois de um inverno chuvoso como o deste ano, outra coisa não seria de esperar...

A Ribeira do Vascão é um dos principais afluentes do Rio Guadiana. Divide os concelhos de Alcoutim e Mértola, marcando a fronteira entre o Alentejo e o Algarve.
Deixámos as bicicletas presas a uma árvore, junto à ponte, e seguimos ribeira abaixo a pé, usufruindo da sua riqueza paisagística. A Primavera estava a chegar e por todo o lado se via vegetação verde e flores variadas, nomeadamente a flor da esteva, que povoa os montes, e as amendoeiras em flor, tão características do nosso Algarve.

A caminhada durou cerca de hora e meia, após a qual fizemos uma pausa para descansar e retemperar forças com uma merenda à beira da água. Antes do caminho de regresso ainda nos divertimos um bocado, a fazer saltitar pedrinhas na água que davam 5, 6 ou 7 saltos e saltavam novamente para fora de água na outra margem. Dentro de nós existiu, existe e existirá sempe uma criança...! :)
Procurámos um local onde a ribeira era mais estreita para atravessá-la e fazer o percurso inverso na outra margem. Apesar de a travessia ter durado poucos segundos, deu para sentir a água gelada até aos ossos...

Passámos pelos moinhos de água do concelho de Mértola que já tínhamos avistado na outra margem. Primeiro o Moinho do Alferes, que esteve em funcionamento até à década de sessenta e foi recentemente recuperado para ser utilizado em actividades de sensibilidade ambiental.
Chegámos depois ao Moinho das Relíquias, que fica junto à ponte sobre a ribeira. Este moinho está em ruínas, bem como a casa anexa. No entanto, estava aberto e foi-nos possível ver o engenho por dentro, onde ainda se encontravam algumas mós.

Chegados novamente ao local onde tínhamos deixado as bicicletas, sentámo-nos junto à ponte a descansar um pouco antes da grande subida de volta, tirámos uma última foto e partimos rumo a Alcaria Alta.

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