Movimento Pró Alcoutim

Personalidades como Mário Zambujal, Teresa Rita Lopes, Carlos Brito, Gaspar Santos e o presidente da Câmara Municipal de Alcoutim, Francisco Amaral, entre outras figuras, constituíram recentemente o movimento intitulado Pró Futuro de Alcoutim. 
No almoço inaugural, realizado naquela vila algarvia, no passado 21 de janeiro, foi aprovado e assinado o manifesto fundador onde se especificam os objectivos que o grupo toma por orientação e as ações que pretende realizar. 
No texto, o grupo lembra que o Censos 2011 revelou que o concelho de Alcoutim “perdeu um quarto da população nos últimos dez anos”, existindo razões “para recear que esta sangria continue”. 
“Os fenómenos do envelhecimento e da desertificação que a provocaram podem mesmo ser agravados pela presente política de contenção orçamental e outras medidas de austeridade em curso. Até onde? Para quem gosta de Alcoutim, esta ameaça é alarmante e inaceitável”, consideram. 
Os últimos anos não trouxeram quaisquer projetos de desenvolvimento económico local, “capazes de criar postos de trabalho, garantir emprego, fixar e atrair população”, salientam, enquanto as “poucas” iniciativas que apareceram se depararam “com tantos obstáculos e exigências burocráticas da parte de organismos centrais”, em especial dos ligados ao ambiente e ao ordenamento, que os investidores acabaram por desistir.  
Até a ponte Alcoutim-Sanlúcar do Guadiana, acrescentam, que podia contribuir para “atenuar a situação extremamente periférica e de «fim da linha» em que o concelho se encontra”, acabou por ser retirada das agendas oficiais de Portugal e Espanha, “por razões economicistas, ao que se diz, mas verdadeiramente por falta de vontade política”. 
As quase cinco dezenas de personalidades que assinam o documento e integram o grupo Pró Futuro de Alcoutim pretendem dar o seu “contributo” para “ajudar a modificar” este panorama. 
O objetivo passa por “trabalhar para a promoção de Alcoutim” em todas as áreas onde possam exercer influência, nomeadamente comunicação social, turismo, economia, negócios e cultura, criando parcerias com outras instituições e localidades com quem possam trocar diferentes actividades culturais. 
As personalidades disponibilizam-se para, “em conjugação” com os órgãos autárquicos, as associações e os partidos políticos, “exercerem pressão junto das estâncias políticas e administrativas centrais e regionais, seja para contrariar medidas adversas para o concelho, seja para acelerar medidas que o favoreçam."



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